quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sopro no coração


Sopro cardíaco é um ruído produzido pela passagem do fluxo de sangue através das estruturas do coração. Ele pode ser funcional ou fisiológico (sopro inocente), ou patológico em decorrência de defeitos no coração. Cerca de 40%, 50% das crianças saudáveis apresentam sopros inocentes sem nenhuma outra alteração e com desenvolvimento físico absolutamente normal.

Nos adultos, predominam os sopros que aparecem como complicações de cardiopatias provocadas pela febre reumática ocorrida na infância, doença que também pode afetar o sistema nervoso central e o sistema osteoarticular.

Causas

Não existe explicação precisa para o aparecimento de sopros fisiológicos.

No período neonatal, por exemplo, o sistema circulatório passa por modificações e o recém-nascido pode ter sopros na área pulmonar ou da valva tricúspide que desaparecem em alguns dias. Nas crianças em idade pré-escolar, às vezes, o ecocardiograma indica a presença de um falso tendão no ventrículo esquerdo.

Os sopros patológicos podem ser congênitos ou adquiridos e são provocados, por exemplo, por alterações nas valvas, ou seja, por pequenos orifícios no septo que separa o lado direito do lado esquerdo do coração, ou por comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar.

Outra causa de sopro no coração é a febre reumática provocada por reação imunológica do organismo contra antígenos ou componentes do estreptococo, uma bactéria que, em geral, infecta a garganta.

Doenças degenerativas, que raramente se manifestam na infância, estão entre as causas do sopro cardíaco. Um exemplo é a coartação da aorta e a alteração da estrutura da valva aórtica que provoca calcificação e estenose nessa valva.

Diagnóstico

Na grande maioria das vezes, as características do som indicam que o sopro cardíaco é fisiológico. Há casos, porém, que exigem diagnóstico diferencial e é necessário encaminhar o portador para exames complementares, tais como eletrocardiograma, raios X de tórax e ecocardiograma. Este último fornece detalhes da anatomia do coração e informações sobre suas características funcionais.

Sintomas

Criança com sopro fisiológico não apresenta sintomas. Embora existam cardiopatias mais graves que não se manifestam por sopros no período neonatal, a presença de cianose (mãos, língua e lábios arroxeados) é sinal de que o sangue periférico circula com baixa oxigenação e requer atendimento médico imediato.

Certas doenças do coração, como a estenose da valva aórtica e a cardiopatia hipertrófica podem provocar desmaios conhecidos como síncopes, em decorrência da diminuição súbita do fluxo sangüíneo nos vasos da cabeça.

Tratamento

Crianças com sopro fisiológico têm coração absolutamente normal e são liberadas para levar a vida sem restrições. Para a grande maioria das cardiopatias congênitas, o tratamento é cirúrgico. Ele só não é indicado quando o defeito é leve e sem repercussão maior para o coração.

Se a gravidade da doença exigir, a cirurgia pode ser indicada também para recém-nascidos. O avanço da medicina fetal, nas máquinas de circulação extracorpórea e as UTIs cada vez mais equipadas permitiram tratar precocemente bebês que antes só podiam ser operados quando pesassem dez quilos. Recomendações

• Não se apavore com o diagnóstico de sopro cardíaco no seu filho em idade pré-escolar. Esse sopro pode ser fisiológico e desaparecer espontaneamente. O mesmo acontece com pequenos sopros que os recém-nascidos apresentam e desaparecem em alguns dias depois do nascimento;

• Não imagine que seu filho entre dez e vinte anos é portador de uma cardiopatia grave se foi detectado um sopro cardíaco nessa fase. Estudo realizado em Belo Horizonte com 500 estudantes saudáveis mostrou que mais ou menos 30% deles eram portadores de sopros fisiológicos;

• Não se descuide do tratamento das amidalites. Não suspenda o antibiótico antes do prazo previsto pelo médico, mesmo que a febre e a dor de garganta tenham passado. Amidalites podem ser a causa de febre reumática responsável por lesões valvares importantes;

• Tenha confiança no restabelecimento de sua criança que vai passar por cirurgia cardíaca. O avanço técnico e os cuidados pós e pré-operatórios permitiram operar com sucesso crianças muito pequenas;

• Procure sem demora um médico se souber que seu filho desmaiou na escola ou quando você não estava em casa.

http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/256/sopro-no-coracao

sábado, 27 de novembro de 2010

Mestrado ou Doutorado ?


Está aqui a opção de uma conceituada intituição, para quem já se formou e pretende fazer mestrado ou doutorado: Instituto de cardiologia Fundação Universitária de cardiologia. É só seguir este link que vocês saberão como proceder e ainda conhecerão o copo docente.

http://www.cardnet.tche.br/ensino/pos_graduacao/ciencias_da_saude/informacoes_gerais.aspx

Hospitais "resfriam" pacientes vítimas de paradas cardíacas para evitar sequelas


Procedimento que usa bolsas de gelo no corpo, aplicado em outros países e autorizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, começa a se expandir no País e pode virar regra mundial. Técnica é para quem perde a consciência, destaca especialista.

Uma técnica que resfria o corpo em até 5°C já é usada em hospitais de São Paulo para diminuir o risco de sequelas em vítimas de paradas cardíacas que perdem a consciência. A cada dez pacientes levados à hipotermia com o método no Hospital Municipal Doutor Moysés Deutsch, no M”Boi Mirim, pelo menos oito recuperaram os sentidos. Quando o procedimento não foi utilizado, de 60% a 90% das vítimas morreram. Dos sobreviventes não tratados, 80% tiveram sequelas.

O procedimento, simples e barato, consiste na aplicação de bolsas de gelo no corpo do paciente e, em alguns casos, injeção de soro gelado. Já aplicado na Austrália, Nova Zelândia, EUA e Inglaterra e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pode se tornar orientação mundial em outubro, quando será discutido em uma reunião da Sociedade Internacional de Cardiologia.

Segundo especialistas, a técnica já está consolidada por estudos que foram feitos nos últimos dez anos no exterior. As pesquisas em curso têm o objetivo de avaliar o melhor momento para colocar o paciente no resfriamento e qual temperatura deve ser atingida.

A parada cardíaca interrompe repentinamente o bombeamento de sangue pelo corpo, responsável por levar oxigênio para o resto do organismo. O alto número de mortes está relacionado à ausência de oxigênio no cérebro e ao gasto excessivo de energia por parte das células. Os neurônios morrem quando ficam sem oxigênio por mais três minutos, o que pode provocar danos irreversíveis a atividades cerebrais e motoras.

A técnica reduz a temperatura corporal de 37ºC para 32ºC durante 24 horas, o que diminui o metabolismo do cérebro em 30% e pode frear os efeitos da falta de oxigênio, afirma Antonio Cláudio Baruzzi, coordenador da UTI do Hospital do M”Boi Mirim, administrado pelo Hospital Albert Einstein, unidade privada filantrópica considerada de excelência.

Batimentos

“É um progresso. Sem o tratamento, vítimas de parada cardíaca acabavam de dois jeitos: ou morriam ou ficavam em estado vegetativo”, afirma Baruzzi. A redução de cinco graus só pode ser feita depois que o paciente recuperar os batimentos cardíacos. Bolsas de gelo são colocadas sobre as regiões onde há mais troca de calor no corpo: o pescoço, as axilas e a virilha. No Hospital do M”Boi Mirim, há também a injeção de soro gelado. “É um procedimento barato, que pode salvar vidas”, diz Baruzzi. O paciente é mantido sedado e “resfriado” na UTI por 24 horas. Após uma análise médica, é iniciado o processo de aquecimento, que pode contar com mantas térmicas e leva mais 24 horas.

Gerente médico da UTI de outro hospital de excelência, o Sírio-Libanês, Guilherme Schettino lembra que a hipotermia só é usada quando o paciente apresenta diminuição de consciência ou coma. Diretor do Centro de Treinamento em Emergência da Sociedade Paulista de Cardiologia, Agnaldo Píspico defende que o resfriamento seja aplicado já no primeiro atendimento. “A cada um minuto que o atendimento atrasa, o paciente perde 10% de chances de se recuperar.”

Fonte:http://saudefloripa33pj.wordpress.com/2010/07/01/hospitais-resfriam-paciente-vitima-de-parada-cardiaca-para-evitar-sequelas/#comment-79